8 de Março: Dia Internacional da Mulher
- Karolayne Camargo
- 9 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Karolayne Camargo[1]
Mulheres, o que dizer de vocês? Frágeis, belas, guerreiras, fortes, solitárias, sensíveis, corajosas e mais uma infinidade de outros adjetivos, não descreveriam o que vocês realmente são. Entretanto, uma coisa é certa: o mundo jamais seria o mesmo se vocês não existissem!
Há mais de 50 anos celebramos oficialmente essa data, instituída pela Organização das Nações Unidas, na década de 1970. Todavia, quando em um cenário de pandemia, como o atual, nos deparamos com números alarmantes a respeito da violência contra as mulheres, nas suas mais variadas formas, devemos nos perguntar se realmente essa data significa algo para nós, ou ainda, se as mulheres significam algo para a sociedade.
No silêncio de suas casas, na fraqueza de suas forças e nas lágrimas de seus olhos, muitas e muitas mulheres expressam a força e sabedoria de Deus, que, como nos diz São Paulo, na segunda leitura deste 3º domingo da Quaresma, é mais sábio e mais forte que os homens (1Cor 1,25). Jesus manifesta a força e a sabedoria de Deus ao ser crucificado numa cruz, isto é, através da “misericórdia e do perdão”, como nos diz o Papa. E de um modo concreto, poderíamos afirmar que as mulheres testemunham essa realidade cotidianamente em sua vida. Apesar das cruzes que carregam, são capazes de sorrir, acolher, amar e servir a todos.
Por isso, a nós cristãos e a todas as pessoas de boa vontade, pedimos que, neste dia 8 de março, que todos os anos é celebrado no período da quaresma, os nossos olhos possam se abrir para VER as mulheres. Isso significa enxergar com o coração a realidade de cada uma, abrir os ouvidos para ESCUTAR os seus clamores e, sobretudo, ter a capacidade de IR ao seu encontro e lhe dar a voz que muitas vezes lhe é tirada. Por fim, a vós, mulheres, muito OBRIGADO, por ser quem vocês são e o sincero desejo de que, cada vez mais, vocês possam ser autoras e protagonistas de suas histórias, mesmo em tempos difíceis.
[1] Graduada em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)e membra dos Grupos de Pesquisa José Comblin (GPJC) e Pessoa Humana Ética e Sexualidade (PHAES).
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